segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O nome do PAI no nome do FILHO


      Acorda Ramon Pierre teu pai te mostrará o mundo
Se é que não preferes vê-lo de teu reino profundo
  Não chores mais que o necessário nem mais um tiquinho que diria digamos
De teu vizinho, que diria digamos de tua mãe serena, que diria digamos de teu pai  enérgico. E tu menino que carregas em ti algo que viajou através da carne
 E desaguou em casa, mas antes veio em teu avô que acorda sonhando com outra Kombi , mas em ti foi depositado mais que matéria perecível foi imaterial uma esperança de gerações te aguarda e propõe impelir tão alto grau de eficiência ...
   É uma cobrança, mais tu é um bebê... E agora Ramon Pierre quem te defenderá teu pai? Teu avô?...Tua mãe? Sei quem te instruirá: Diana sua avó
  Te falará coisas da alma e negócios do espírito...Ramon Pierre teu primeiro nome é de teu pai e nele a força que puxou a agonia de trabalhos sacrificantes, te coroa príncipe antes de assumir majestade já vista em carrinhos de rolimã...DEUS te livre destes carrinhos.
   Sucede que é verão, e como há tempo para viver Ramon Pierre podes gasta-lo dormindo, recobrindo com teu sono o que é feio, formal e triste.
Admito que amo nos vegetais a carga de silêncio, Ramon Pierre
Mas há que tentar o dialogo, quando a solidão é vicio.
E agora começa a crescer. Em poucas semanas um homem se manifesta na boca , nos rins ,na medalhinha do nome.
 Já te vejo na proporção da cidade, dessa caminha em que dormes.
Conserva a força da infância, como, na sua imobilidade que vê passar o tempo que não enxergamos, o tempo irreversível, o tempo estático, espaço vazio entre chupeta e peito.
E teu quarto é bacana cheio de cor e estrelas no teto, alusões a um mundo mais poético
Onde o tudo de teus pais por você reagrupou as formas naturais do amor.
   O tempo-que fazer dele? Como adivinhar, Ramon Pierre, o que cada hora traz em si de plenitude e de sacrifício?
Hás de aprender o tempo, Ramon Pierre. E há de ser tua ciência uma tão intima conexão de ti mesmo e tua existência, que ninguém suspeitará de nada. E teu primeiro segredo
Seja antes de alegria que de soturno medo.
  Aprenderás muitas leis, Ramon Pierre. Mas se as esqueceres depressa outras mais altas descobriras, e é então que a vida começa e recomeça, e a todo instante é outra: tudo é distinto de tudo, e anda o silencio e fala o nevoento horizonte ;e sabe guiar-nos o mundo.
  Aqui me despeço e tenho por plenamente ensinado o teu oficio que de ti mesmo e em púrpura o aprendeste ao nascer meu camarada Ramon Pierre, finalizo te desejando boa sorte e que a possua neste chão onde o suor de teu pai será derramado para que o teu futuro sucesso satisfaça tão grande esforço.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Fuga


        E neste quarto onde bagunça, armário e espaço se confundem
 Deposito um eu todo verdadeiro, sem vícios, sem gírias, sem bonés
Renderá alguns juros... Pouquíssimos que em simbiose se confirmarão
Como Berg.
       Quando sair serei servo de estranha majestade polido esmerado por cada verso que
Lerei dos poetas maiores, esses que invejo esses que me diminuo.
Sem, contudo escorrer ralo a cima verei brincadeiras facilidades e nada de palavras difíceis... Uma criança de responsabilidade madura sem lápis e borracha vai receber o resíduo deixado lá na rua e todo conteúdo falso de mentira será analisado e julgado.
Negado o pedido, acabado e esgotado todos os recursos deixarei a metade do meu cérebro
Para um cão... Que lamberá a mesma mão que o bate .
      e serei eu a propria mão, com o restante da metade humana .

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Casa da Dona Eunice

   começar quando não há o que escrever é burro enpacado 
mas não... a casa da dona eunice trouxe sem levantar peso o que não pode ser visto, tocado,
 ou mesmo escrito era inspiração...genuína de fonte celestial  tema tão esfatiado pelo homem 
que já não crê nessas coisas. Ela lá de avançada idade, com a mão erguia o paõ murcho com a outra segurava a caneca de aluminio o olhar fito no céu e a humanidade descia no seu olhar dando graças a DEUS pelo seu café da manhã. A cena me fez pequenino entre os coqueirais da vida e diminui até sentar na varanda e sentir a força de um verdadeiro poder paralelo.
   tinha umas plantas eu era uma dessas sem palavras e continuo sem, em nada conseguirei transmitir 
 o que estava alí naquela casa, inutil vai ser a tentativa de escrever o que ocorreu. lamento faltam palavras
eu me rendo a casa da dona eunice é inenarravel, vou pedir a DEUS que me conceda a simplicidade exigida para passar por escrito pelo menos a paz e serenidade que paira em cada parte da casa da dona eunice.
  ME PERDOE DEUS POR NÃO CONSEGUIR EXPRESSAR O QUE SENTI NA QUELA CASA 
se preciso me conceda estár em pelo menos um retrato daqueles pendurados.


     

domingo, 16 de janeiro de 2011

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O sentinela mal informado

    No caminho onde pisou o então soldado nascimento
há tanto tempo que a atual guarda não lembra 
    resta o sonho do ''boot'' 
       sem peso
        sem desenho 
quem passe ali pra render
na fração de segundo em Escritor Tiago se erige
insciente, faminto da boa ''guerra'' ,saudoso de existencia 
viajando atraves do fuzil que tanto ostentou (risos)
  vai seguindo até o cais 
é um tremor radioso, uma serenidade de audiencias
  casulos do possivel .
mas a marambaia se parte, se milparte
e a seta não aponta destino algum,
e o traço ausente ao sentinela torna-o sentinela novamente

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

só e somente só


Ventilador que sopra sem vontade
É nulo teu viver, está aí para cumprir a tua não liberdade, reclamada em movimentos circulares contínuos, breve são as pausas para refletir uma existência incorpórea.
Em teu olhar seco, pousa certa melancolia, vinda de outros ventiladores,
 Tua matéria (polipropileno) é barata, poeirento só és notado quando em ti não se acha energia e nisso teu castigo é real constatação: só e sem força, para executar o real motivo de tua essência perde até o que não tens.
      No negrume da noite, é sentinela diluindo na escuridão maior, até te tornar preto de irreal
Disfarce, pairando com olhos arregalados na inveja, no suor, em tudo que imóvel como esfinge não podes ser. Exala algo imaterial e com maior violência tuas hélices protestam mudas em grito surdo. E já pela manhã sem força e exausto torna a emitir um tímido som, que aos poucos vai desfalecendo, parando, parando até novamente voltar ao mundo real, o seu mundo; que lentamente se petrifica e se fecha para uma próxima tentativa de coexistir sem vida. 

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